terça-feira, julho 26, 2011

Que Mundo é Este?

Pergunto-me eu. 
Indagamo-nos nós ao longo da nossa vida. 


Cidadãos comuns sem muito a dizer, sem muito a escolher. Desde que a vida corra bem, desde que ninguém me pise o calo. Contudo o peixe começa a cheirar mal e a fartura afinal não era nenhuma. Apenas uma ilusão para descontar na caixa, para nos levar às urnas.


E agora, o que fazer com este olhos acordados? Olhos que vêem que nem eu nem os meus somos importantes, que não somos quem conta. 
Mas quem conta afinal? 
Quem conta as gotas de suor daqueles que querem chegar mais além? Daqueles que precisam mais do que promessas e beijos a bebés dum qualquer político em época de eleições?


Para onde nos viraremos? Com quem contar?


O pilar da Igreja, já há muito que não tem um fundamento credível, pois cada vez menos pessoas vêem a necessidade dum mediador entre elas e o seu criador e outras deixaram pura e simplesmente de acreditar no que quer que seja. Isto sem falar de toda a espécie de escândalos em que esta instituição se vê frequentemente envolvida.

Por sua vez a Política não passa dum brinquedo nas mãos dos tais 5% que retêm a riqueza da Terra. Apenas um jogo de poder, de puxa e empurra sem olhar a prejuízos ou preceitos morais.
Porque se assim não fosse, 
  • como podemos justificar que um lunático mate mais de oitenta jovens num campo de férias como acto político?
  • como compreender que um governo deixe o seu povo morrer à fome só para não perder a sua influência?
  • como explicar que um governante abra fogo sobre os seus súbditos quando estes se lhe opõem?
Só podemos contar connosco e cada um tem, no fim de contas, uma escolha a fazer:
Como quero EU viver a minha vida? 
Que exemplo quero dar aos meus filhos? Aos meus familiares? Aos meus amigos e vizinhos? Quem quero eu ser? Que quero eu dar à sociedade que me alimenta e sustenta?


Na minha humilde opinião só isso conta, nada mais.


Todos os dogmas estão a desabar e um dia as suas ruínas servirão como aviso de outros tempos, tempos de crença cega, templos do não querer saber. 
Espero que vivamos apara as ver e quem sabe contar histórias da tragédia que poderia ter sido, mas que não chegou a ser.


Quem sabe...

2 comentários:

Unknown disse...

Felizmente os dogmas são mesmo fadados a desabar, Alien. São coisas inventadas pelo homem, para o homem. O resto da natureza se lixa para os dogmas. A natureza, sábia, tende sempre ao equilíbrio em sua eterna adaptação seja lá para onde for.

Alien disse...

É verdade.