domingo, janeiro 17, 2016

Ama Tudo e Depois Faz o Que Quiseres

Consegues acreditar que somos todos filhos de Deus?
Que todos tivemos uma mãe que nos transportou no seu ventre, que nos acarinhou e cantou canções de embalar?

Consegues acreditar que todos queremos o mesmo? Conforto, segurança, amor e felicidade?
Que todos precisamos de ser abraçados?
Que todos gostamos de rir, brincar e amar?
Que todos adoramos música, dias de sol e momentos bem passados?

Afinal, não somos assim tão diferentes.

A vida tem muito mais para oferecer do que as tuas cidades ocidentais.
Vai à descoberta!

 

domingo, março 01, 2015

Reflexões Sobre Relacionamentos I


Jealous Love by kimded
  
Um relacionamento pode ser usado como uma armadura. Uma auto-criada segurança longe de qualquer mal e sem correr algum risco.

Pode ser um refúgio, mas também uma mascarada em que apenas representamos, escondemo-nos.

Contudo não nos podemos esconder para sempre. Mais tarde ou mais cedo o eu terá que se libertar.

Temos que ser o que realmente somos e viver integramente criando o nosso próprio destino.

Porque afinal, como queres ser Deus se tens medo de ser humano?

domingo, fevereiro 02, 2014

How to Live and Love


Live without pretending
Love without depending
Listen without defending
Speak without offending

23. Stunde Tapetentür, Holger Dreissig

domingo, janeiro 19, 2014

Vazio




Deus morreu. 

Só ficou o vazio.
Enchemo-lo com comida, tabaco, álcool, drogas e açúcar. Alguns de nós vestem-no, calçam-no, chamam-lhe moda.

Mas ele persiste.
Não se deixa pôr de parte e nem mesmo ignorar.


O vazio persiste. O vazio és tu.
O vazio faz parte de nós.

Deus teve que se retirar.
Farto de projecção, farto de compensação. 

O seu amor impedia-nos de crescer. Ninguém pensava mais por si próprio.
Mas não foi percebido. Ficou só a lacuna.

Perdidos, orfãos e sem orientação, o vazio devorou-nos.

O amor deu lugar ao ódio, originados do medo, a raiva e o desejo de vingança.


E assim gritámos:
Vamos destruir o que criaste 

Vamos derrubar o que erigiste 
Vamos abandonar-te!
Vamos amaldiçoar-te!


Deus morreu, 
Ainda bem!

Vê como nos deixaste!
E sofre porque falhaste
...


Vai e não voltes mais.



Nunca mais te chamarei pai.

domingo, janeiro 12, 2014

Eusébio

Faz agora uma semana que o Eusébio partiu.

Alguns colegas meus não entendem porque Portugal fez três dias de luto por um jogador de futebol.
Mas ele não era só um jogador de futebol.
Ninguém é só a sua profissão.
Porém alguns alcançam uma tal mestria naquilo a que se dedicam que acabam por alcançar a admiração de todos os demais e tornam-se o símbolo duma geração, dum ideal, duma nação.

Essas pessoas lembram-nos que somos mais do que a soma de todos nós.

Assim, em sua honra, um documentário sobre a sua vida:
(infelizmente só a partit da 2a parte - nada é perfeito...)


sexta-feira, outubro 05, 2012

Ukelele

Viva a República!
Viva Portugal!

Como hoje e o dia da República e na segunda-feira, 1 de Outubro, foi o Dia Internacional da Música, decidi matar dois coelhos de uma cajadada só, ou seja, juntar o útil ao agradável e falar-vos sobre o Ukelele.

O Ukelele?
O que é que esse instrumento típico do Hawai tem a ver com o povo lusitano?
Tudo!

É que só há registros do ukelele como parte integrante da cultura hawaiana a partir do século XIX, altura a qual, como por coincidência, foi também marcada pela chegada dos portugueses e do inevitável cavaquinho. Onde há um português há logo dois ou três; onde os há, a música lá estará e onde há música há canto e bailarico! O que seria do mundo sem a alegria lusa?

O cavaquinho é um instrumento tradicional português originário do Minho e que tem como grande mestre, graças a Deus ainda vivo, o Júlio Pereira. Visto que a História Cultural da Humanidade não passa duma adaptação/modificação duma ideia, neste caso, um artefacto prévios (para aprofundamento vejam  o link -- Link) o povo havaiano, também ele muito dado a festas e danças, embora algo diferentes das nossas - com folhas nas ancas e sutiãs de côco - alterou ligeiramente o nosso cavaquinho e batizou-o de Ukelele.

Assim, para celebrar o facto de não só termos dado mundos ao mundo, mas também mais música partilho convosco mestres deste instrumento sensacional.
Obrigado Portugal!

Jake Shimabukuro




The Ukelele Orchestra of Great Britain

sexta-feira, agosto 24, 2012

Eu e Elas e o Nosso Amigo Putin

by uka


O importante é os russos estarem bem.

"As miúdas só querem é atenção!" diz uma sobre as Pussy Riot que foram condenadas a 2 anos de trabalhos forçados na sexta-feira passada.
"Agora têm que aguentar com as consequências!" diz a outra.
"Então e a liberdade de expressão?" pergunto eu.
"Hás-de me explicar o que o vandalizar uma igreja tem a ver com liberdade de expressão..." riposta a primeira em tom desafiador.
"Vandalizar? Tanto quanto eu sei, elas só tocaram uma música!",
"Não, não! Vandalizaram ao ponto de abalarem a fé de alguns crentes!" responde ela com fervor. 

"Desculpa lá, mas que fé é essa que se deixa abalar tão facilmente? Além disso, pelo que sei aquela igreja não passa dum edifício que pode ser alugado para todo o tipo de eventos com três pisos subterrâneos de parque de estacionamento e chegou a servir de piscina pública durante o regime comunista. Não me parece ser um lugar assim tão sagrado!"
A primeira torce o nariz e por fim responde, 

"Pode ser, mas elas não tinham o direito de fazerem o que fizeram!"
"Mas tu sabes o que fizeram?" indago eu já duvidando da fidelidade das suas fontes.
"O que elas queriam era chocar a opinião pública!" afirma ela evitando a questão.
"E não achas que elas tinham alguma razão para isso?"
"As russas são bem conhecidas por quererem sempre chamar a atenção e estas não são exceção!"
"Mas tu não és russa também?"
"Sou e é por isso que eu sei! Acredita, é tudo só publicidade!"
"A mim parece-me mais uma ação de protesto político!"
"Isso é a nova moda lá da Rússia. Agora é bem dizer mal do governo!"
"É bem? Num país onde as pessoas têm cada vez menos direitos, onde já nem se podem reunir livremente..."
"Isso é só propaganda! Não acredites em tudo o que ouves nas notícias!" interrompe-me ela com desdém. Isto vindo da mesma pessoa que meia hora mais tarde afirma estar convencida de que os ovos não contêm gordura depois de ter visto um programa dum qualquer canal privado -> sem comentários...
E ela contínua,
"Quando falo com a minha família lá, eles dizem-me que isso não é bem assim!"
"Ah pois, tens razão. Numa terra de liberdades restringidas, parece-me bastante natural que falem abertamente sobre o tema... Faz sentido." não me aguento e recorro ao sarcasmo.
"Deixa-me dizer-te uma coisa, o Putin é o melhor que poderia ter acontecido à Rússia! Se não fosse ele o povo andaria ao Deus dará! Teríamos senhores da guerra locais e sabe-se lá que mais! Com o Putin o povo está bem! Tem dinheiro! Tem uma economia forte que lhe permite viver bem!" defende-se ela patrioticamente.
"Estou a ver. Isso claro que desculpa o silênciamento "misterioso" de todas as vozes que se opõem ao governo... ou a condenação à prisão e a trabalhos forçados... Não achas isso um preço demasiado elevado? A tua liberdade por um pouco de dinheiro?"
"E sem dinheiro? Que liberdade é que tens? As pessoas têm que ser metidas na ordem! Em sociedade não podem fazer o que lhes bem apetece!"
"E porque não? Desde que não prejudiquem ninguém!"
"Ora aí é que está! É como aquele oligarca, como é que ele se chama?..."
"
Khodorkovski..."
"Sim, exacto!..."
"Ele também foi preso por se ter virado contra o sistema de Putin!"
"Nada disso! Nada disso!"
"Deixa-me adivinhar... propaganda?..."
"Ele teve que ser preso porque queria vender a a sua firma de petróleo aos americanos! O petróleo não é dele! É um bem do estado e pertence ao povo russo! Não pode vendê-lo assim sem mais nem menos! Primeiro compra a plataforma por uma bagatela e agora ia vendê-la ao nossos concorrentes e ainda por cima fazendo um lucro desgraçado!
"Pensava que a Rússia se tinha rendido ao capitalismo..."
"Sim, mas não é bem assim..."
"Vamos ver uma coisa, o governo de Yeltsin vende-lhe a plataforma por uma bagatela num momento de aflição. O
Khodorkovski transforma-a num empreendimento imensamente lucrativo e logo que se opõe ao governo agora vigente é imediatamente desapropriado e metido na prisão. Desculpa lá, mas isso é despotismo!"
"Tu não entendes. O petróleo não é dele!"
"Não é? Ele comprou-o ou não comprou? Segundo as regras básicas do capitalismo o que eu compro é meu!"
"Por amor de Deus! Párem com isso!" diz a segunda que se tinha mantido à parte da discussão até este momento.
"Vamos falar de outra coisa!" diz a segunda.
"Sim, vamos falar de ovos!" digo eu

Aqui fica o vídeo de que todos falam, mas pelos vistos nem todos viram.
Os quarenta segundos que levaram a dois anos de trabalhos forçados.